(English) Whilst European cities have become a test-bed for multicultural habitation, the 2005 riots in France have demonstrated that the consequent social organization of space has not resulted in a greater integration of communities. As socio-economic space expands, socio-urban space is becoming increasingly segregated and fortified. Gated communities and the urban periphery are examined as a process of symmetrical and complementary schismogenesis, revealing a risk of urban systems breaking down into progressively autonomous agglomerations. It is argued that the twentieth century’s obsession with communication provoked a retreat from a Foucauldian disciplinary society into an autopoietic schismogenic return to ancient forms of fortified habitation.
A segregação sócio-urbana moderna tem sido interpretada como uma consequência do controlo institucional do século XVIII. Tal abordagem está a ser crescentemente reanalisada como proveniente de condições religiosas e universais precedentes. Esta compreensão ajuda a explicar como os desenvolvimentos contemporâneos de segregação urbana estão a surgir através da discriminação individual. Sugere-se que estes comportamentos representam um entendimento erróneo e até um risco para o processo democrático de urbanidades contemporâneas.
Proposta para concurso “Solar Park South”, Solar Garden propõe um parque’foto-bioreator construído nos viadutos e auto-estrada em desuso de Calabria. O parque segue uma construção modular começando com uma serie de dispositivos de luz publica na costa e um bioreator suspenso no viaduto Favazzina, um verdadeiro farol ecológico para a região.
O hotel sempre foi palco de múltiplas identidades e relações plurinacionais, mas é ao mesmo tempo a casa mais estranha e alheia para quem o habita. Neste projecto, toma se o hotel como um instrumento potencial para preservar, manifestar, e redistribuir múltiplas identidades para o centro da cidade. A proposta desenvolve o conceito de movimento e trânsito contínuo já presente nos seus hóspedes viajantes, canalizando a sua energia para um requisito de utilização e vivência tanto no espaço do hotel, como na cidade. Com este movimento canalizado e subsequentemente redistribuído, pretende se efectuar uma confrontação entre a cidade e as múltiplas identidades dos hóspedes do hotel.
A comunicação pode ser um instrumento de requalificação urbana. Neste projecto, vazios urbanos são utilizados como elementos geradores de uma requalificação sócio-urbana. Por meio da libertação nas ruas de uma teia de cabos de energia, poder-se-ão promover e conectar direcções, happenings e fluxos, assim convergindo e materializando-se num espaço físico onde esta requalificação social pode tomar lugar.
A nave dos loucos foi uma invenção do século XV – estranhos barcos carregando homens loucos numa perpétua viagem ao longo dos rios e canais do norte da Europa. Consistiu no primeiro ritual activo para expulsar indivíduos indesejáveis e proteger valores morais. De certo modo, foi o precursor dos hospícios sociais, prisões, e posteriormente, da urbanização modernista do século XX. Os espaços de reclusão têm sido normalmente estudados a partir de um ponto de vista exterior – eram pouco mais do que espaços de exclusão. Mas podem igualmente constituir espaços onde “as almas sucumbem às tentações do mundo”. Esta é a premissa de uma estrutura urbana de reclusão construída nos arredores de Lisboa.
O desenvolvimento suburbano tende a seguir as mesmas estratégias da corrida ao ouro, das conquistas militares e dos colonatos civis. A demarcação e a apropriação do espaço por áreas muradas constituem uma parte vital no desenvolvimento material e social da cidade suburbana. Porém, determinados muros psicológicos e escondidos, formam uma parte muito maior na segregação racial e social dos subúrbios. Este parque de recreio propõe a eliminação de divisões sociais e raciais através da criação de muros e espaços divisores.
Operando com técnicas e métodos novos de intervenção urbana, o conflito e a negociação são usados como práticas espaciais. Um novo habitante-máquina é proposto para a cidade de Berlim: que cresce, morre, cria ou rouba espaços, interage e interconecta numa escala urbana e cultural. Uma estrutura animada a crescer e a aprender com a comunidade turca em Kreuzberg.
Operando com técnicas e métodos novos de intervenção urbana, o conflito e a negociação são usados como práticas espaciais. Esta intervenção espacial envolveu uma série de casulos de cera e âmbar auto-iluminados que conservavam artefactos locais, como meio de promover a interacção entre lados opostos de um conflito politico e espacial em Londres.
Desenho de arquitectura morfotectonico. Tal como os cantores castratti da Ópera Seria exibiam sons de excelência, fruto do sofrimento e da tortura forçada nos seus corpos, também assim pode a Terra exibir sons e formas de excelência através da sua própria tortura. A localização perigosa da Villa Seria é imperativa para que a ‘casa’ cumpra a sua função como um sistema de alerta rápida para terramotos, um modelo para o estudo sísmico, um laboratório e estúdio de desempenho bio-ecológico, e um casa de férias que, ao invés de confrontar, responde e reage à actividade sísmica.
A eliminação do tempo através da forma e da arquitectura é investigada mediante a construção de um dispositivo de jogo e de um casino no sul da Inglaterra. Sistemas de ilusão baseados em propriedades moiré, tanto visuais como sonoros, são usados como dispositivos de jogo e de rasura do tempo, re-posicionando o acto de jogo e aposta num local onde a visão e o tempo já não são estáticos.
Com o Mercado Morse pretende-se revitalizar um equipamento, usando custos controlados que permita, dinamizá-lo e multiplicar as suas funcionalidades, sem nunca esquecer as suas origens, permitindo um uso lúdico e cultural. É como principal objectivo, não apenas devolver o conceito de mercado, mas também criar um equipamento activo na melhoria da qualidade de vida dos habitantes de Ermesinde.
Competition entry for “Sukkah City”. In recognition of the sukkah as a reminiscence of the fragile dwellings of the ancient Israelites during the 40 years of displacement after the Exodus from Egypt, the Stateless Sukkah proposes a spatial symbol of all those populations who are still displaced around our globe. Its design is based on a rule-set of UNHCR data for displaced persons, generating a sukkah which is as much a tribute to the ancient Israelites wandering the desert, as it is a tribute to all displaced populations wandering our globe today.
Identidades Múltiplas dentro de sistemas urbanos são investigadas em Nova Orleães através de sistemas de grelhas sociais da atracção, grelhas espaciais e construções urbanas, e deslocações culturais por condução identitária. O que é proposto é a eliminação de tipos, de crenças, de cor e de cultura através de condições emocionais e físicas extremas na construção de um labirinto subterrâneo de conexões sociais no centro de Nova Orleães.
Experiência gerada por dados em Zonas Autónomas Temporárias. A animação é um contínuo ambiente virtual auto-conduzido que reage e que cresce de acordo com um conjunto de regras baseadas em estatísticas de imigração; essencialmente, uma dança sócio-migratória virtual.
Uma instalação investigando Zonas Autónomas Temporárias. Este projecto propõe uma arquitectura de relações: uma integração vital da interacção e trânsito humano com o espaço. A possibilidade de estender a natureza dos festivais, manifestações políticas, carnavais, danças e outras demonstrações públicas, através do constante deslocamento de espaços aleatórios. Um local que se esforçava para não ser cartografado.
Projecções multimédia para duas peças de teatro são aqui apresentadas. Três peças de vídeo para “Sol. VIII”, representado no Cochrane Theatre, e uma peça vídeo para “Columbia – The Capsule”, representado no Battersea Arts Centre.
Um conjunto de três projecções vídeo sobre carne e corpo, produzidos para uma peça representada no Cochrane Theatre e baseada em “Jato de Sangue” de Antonin Artaud.
Um conjunto de duas projecções vídeo produzido para a adaptação teatral de “A Oeste Nada de Novo”, parte do Linbury Biennial for Stage Design, 2006.